sábado, 25 de outubro de 2008

O Próximo Presidente

Toda democracia sólida precisa de partidos políticos fortes. Mais; quanto mais fortes forem os partidos políticos, mais estável será a democracia. Além disso, ninguém fora dos partidos políticos pode almejar grandes conquistas. Os partidos políticos são tão devastadores quanto um rolo compressor; podem eleger ou aniquilar qualquer candidato, conforme interesses partidarios.
Assim foi com Geraldo Alckmim, ex-governador de São Paulo. Aliás, um bom governador, segundo meu entendimento. Honesto, trabalhador, capaz, inteligente... Derrotado por Marta e por Kassab. Apesar disso, foi o melhor resultado para o PSDB, que terá todas as condições de eleger o próximo presidente da república evitando um racha na aliança com o DEM.
Simples.
O PSDB não endossou a candidatura de Geraldo Alckmim. O todo poderoso José Serra havia escolhido Kassab para que ele se mantivesse com reais possibilidades de ser o futuro presidente do Brasil, afastando Alckmim da próxima candidatura presidencial. E, Alckmim se tornaria forte candidato ao governo de São Paulo em 2010. Tudo armado, arquitetado com requinte de detalhes. Dois tucanos dirigindo o país e o estado mais rico da federação, dobradinha de dar inveja a qualquer partido político.
Serra será o futuro presidente, pois Lula não tem nenhum candidato, com ou sem saia, para enfrentar o atual governador de São Paulo.
A atual crise mundial vai tirar um pouco o clima de festa de Lula. Até agora Lula se beneficiou da farta colheita plantada por seus antecessores. Agora chegou sua vez de semear para que seu sucessor colha bons resultados. E terá que ser um bom semeador (como nunca antes neste país) para que o povo continue apoiando e admirando seu trabalho. Não nos decepcione, sr. Presidente!

Bressan

domingo, 19 de outubro de 2008

Mentira Emplacada Durante Anos

Alguém inventou um método de ficar rico e ganhar muito dinheiro. Tratou de disseminar seu invento para ganhar mais dinheiro envolvendo outras pessoas, empresas, bancos, fundos de pensão... Todos estavam ganhando muito dinheiro, bilhões de dolares, euros, reais... E assim criou-se a bolha, uma gigantesca bolha, com a especulação imobiliaria. Uma mentira sustentada pela crença de quem não quer ver o futuro! E, aqui se apostavam em lucros com a moeda americana, que segundo esses especuladores, o real se manteria forte frente ao dolar. Resultado? Bilhões de prejuizo a ser contabilizado.
Já na década de trinta, quando do crash da bolsa em 1929, ouve a tal especulação imobiliaria devido aos fartos lucros obtidos no mercado de ações. Portanto, um sinal do que iria acontecer já havia sido registrado pela historia contemporanea; os americanos também tem memória curta...
Mas, como ganhar dinheiro facil é bom, a imensa maioria continuava no oba oba!
Paul Krugman, economista americano e ganhador do premio Nobel de Economia de 2008, talvez o maior crítico do governo Bush, não acreditava na mentira que se estava formando no mercado financeiro. Krugman alertava em seus artigos no Times sobre a tal bolha, mentira que o mercado contiuava acreditando. Até que... bem
Alguns analistas dizem que a crise atual não será tão devastadora quanto aquela de 1929. Dizem que o mercado dispõe de melhores ferramentas para acalmar o mercado e fazê-lo operar novamente com eficiencia. Mas, naquela época, o centro econômico reduzia-se aos Estados Unidos e Europa. Hoje o cenario economico é muito mais complexo. Várias economias surgiram como China, India, Russia, Brasil e países membros da OPEP que detém gigantescas poupanças e podem influenciar enormemente os destinos dos futuros acordos globais.
Bretton Woods II, como estão dizendo alguns analistas é impossível. Novas regras terão que ser estabelecidas levando-se em conta esse novo cenario; do contrario, não haverá segurança no sistema financeiro. Regras para detectar "mentiras" terão que estar inseridas no próximo acordo internacional.

Bressan

Mentira Emplacada

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

O Olho do Furacão

Quebradeira geral de bancos. O governo americano, sempre avesso às investidas estatais, consegue nacionalizar sete grandes bancos numa unica intervenção. É isso mesmo. O governo acaba de comprar bilhões em ações para capitalizar bancos e se tornar sócio deles.
E veja só.
A inadimplencia das pessoas que compraram imóveis nos Estados Unidos, decretou a maior intervenção na economia em todos os tempos. Uma ação silenciosa e devastadora. Causadora de prejuizos gigantescos, aumento da pobreza no mundo com mais gente passando fome em todo o planeta. Um enorme furacão, cujo olho se concentra nos Estados Unidos.
É intrigante.
Alguma coisa está errada; e o mercado sabe disso muito bem. Por isso tem se comportado de maneira tão desconfiada, fazendo subir e descer as bolsas como uma montanha russa. O preço do petróleo e das matérias primas despencando em queda livre. Salve-se quem puder. Ou se dane os outros... O rombo deve ser muito maior do que os 700 bilhões de dolares anunciados no pacote de ajuda. Será que o governo republicano de Bush está escondendo alguma coisa para ajudar seu candidato? Política...
A Europa colocou a disposição do sistema financeiro 2 trilhões de dolares! E o PIB da Europa e dos Estados Unidos se equivalem.
Ora, se o centro do furacão é os Estados Unidos, como pode sofrer menos que a Europa, disponib ilizando apenas um terço dos recursos?
Talvez os americanos se dediquem mais ao consumo e os europeus mais à poupança. Assim, com menos dinheiro em mãos os americanos teriam menos dinheiro aplicado em titulos podres e a suada economia dos europeus teria derretido em papeis sem qualquer valor.
É provável que em breve apareçam outros abacaxis para descascar.

Bressan

domingo, 5 de outubro de 2008

Lula, presidente do Brasil

O mundo financeiro virou de cabeça para baixo. Como já foi dito, os gurus do mercado financeiro internacional mandavam recados, conselhos, palpites sobre nosso futuro, pois o Brasil era o país do futuro e portanto, imaturo para decidir sobre seu próprio destino ! E todos queriam se meter na vida de nosso país. O risco Brasil oscilava em função do humor dessas autoridades monetárias de acordo com a classificação que nosso país recebia das agencias financeiras internacionais. Qualquer problema, mesmo em economias com pouco peso economico era suficiente para deterior nossa credibilidade.


Nosso passado inflacionário, por incrível que pareça, nos deu sábias lições para controlar as finanças com extrema cautela. Os bancos se equiparam com muita tecnologia para gerenciar esses recursos com habilidade. As regras do Banco Central do Brasil continuam sendo as mais rigidas das maiores economias. O endividamento das empresas e das pessoas físicas se mantiveram em níveis baixos, pois tinham medo de não honrar seus compromissos. Esse conjunto de fatores nos dá um minimo de conforto para enfrentar a crise que se alastra pelo mundo afora.


No Brasil, a falencia de alguns bancos trouxe muitas consequencias para gerentes, diretores e presidentes dessas instituições. Bens foram confiscados para reparar em parte os prejuizos causados aos clientes e danos aos empregados e demais pessoas ou empresas envolvidas.


E nas economias de primeiro mundo? Serão punidos os presidentes, diretores e gerentes que lucraram bilhões de dolares com especulação, bonus e lucros ficticios que se transformaram em enormes prejuizos? O tesouro desses paises estão sendo obrigados a socorrer tais bancos mal administrados! E quem paga a conta? São todos os contribuintes desses países. E é justo que eles paguem pelos erros dos executivos que enriqueceram nesse cassino financeiro?

Ninguém se iluda! O problema não é do Bush, como Lula pensa. O problema é de todos nós, pois todos estamos perdendo com a crise. E ela será tanto maior quanto mais lentamente equacionarmos o problema. Que o esforço conjunto seja o oposto do que aconteceu com a rodada em Doha, um fracasso colossal!

Lula se portou como um dirigente sindical e não como presidente do Brasil ao dizer que o problema era do Bush! Mais seriedade sr. presidente!

Lula, seja presidente do Brasil e assuma nossa quota de responsabilidade para reorganizar as finanças internacionais, já que aqui dentro nossa política econômica e fiscal é exemplo para o mundo!

Bressan