domingo, 8 de fevereiro de 2009

NEM MAROLINHA NEM TSUNAMI

As maiores e mais ricas nações do mundo estão enfrentando um descarrilhamento dos sistemas financeiro e de produção. O crédito, tão necessario para o bom funcionamento da economia, desapareceu. Ninguém confia em ninguém. Em consequencia disso, o desemprego está nas alturas e crescendo de forma assustadora. Nessas economias, o estrago só pode ser reparado com alguns anos de bons resultados. Mas, os resultados continuam desanimadores! Quando, enfim passará Tsunami?
Graças as politicas corretas adotadas nos governos FHC e LULA a crise mundial não terá aqui o impacto devastador como nas demais nações ricas ou emergentes. Os bancos brasileiros não tem qualquer título podre em seus ativos que comprometam seus lucros.
Mesmo assim teremos no Brasil mais que marolinha.
O governo, tardiamente, tem feito alguns importantes esforços para minimizar os efeitos da crise mundial. Mas o crédito ainda não chegou aos micros, pequenos e medios empresarios. O juro continua alto inibindo o consumo e travando a produção de bens e serviços. A consequencia disso tem sido desemprego.
As obras do PAC tem apenas duas letras atualmente, PC. A letra "A", de aceleração, está em ponto morto. Ou a sigla poderia ser PCA, POUCO CASO com a ACELERAÇÃO do crescimento. Se realmente for acelerado, o PAC cumprirá um importante papel para evitar o aprofundamento da crise. A construção civil precisa ser estimulada porque absorve muita mão de obra e não depende de importação para sua atividade. E o agronegócio, nossa vocação natural, não pode ser esquecida. Esse tripé trará certamente dinamismo aos demais setores da economia.
O fator psicológico tem causado também algum estrago. Milhares de pessoas e empresas tem adiado suas decisões de compras com medo do pior. Essas atitudes são inoportunas nos dias de hoje, em plena crise. O governo tem que direcionar seus esforços para recuperar a confiança dos trabalhadores e empresarios flexibilizando a utilização dos recursos do FGTS e do PIS para a redução dos juros e ampliação do crédito. Essas medidas não essenciais para que a marolinha não se transforme em Tsinami.

Bressan