sábado, 19 de abril de 2008

ESCASSEZ E CUSTO DOS ALIMENTOS

Séculos atrás um renomado economista, Thomas Malthus, trouxe grande inquietação para a população e aos governantes da época ao afirmar que o mundo sofreria com a fome, pois o crescimento da produção de alimentos era menor que o crescimento populacional. Mas com os ganhos de produtividade no campo e com a redução da expansão populacional enterraram sua teoria. Dias atrás a fome foi motivo de preocupação entre os dirigentes atuais das economias mundiais. Desta vez não é a perda de produtividade nem do crescimento populacional, mas a utilização de extensas áreas para a produção de alcool e biodiesel como fonte de energia em detrimento de áreas destinadas a produção de alimentos.
Os preços dos alimentos tendem a crescer exatamente na mesma intensidade que o preço do petróleo. É a troca de uma fonte de energia por outra. A primeira renovável e mais limpa; a segunda finita e poluente. A humanidade está diante de uma equação simples e de dificil solução: produzir para alimentar máquinas ou para alimentar seres humanos, e; os preços serão exatamente iguais para seguir a regra de equilibrio, a menos que os governantes contrariem as leis econômicas. Assim os países dependentes de importação de alimentos terão grande dificuldade para suprir a necessidade de sua população, fato semelhante ao que ocorreu com o Brasil na década de 70 com a explosão do preço do petróleo quanto teve que racionar o uso dos combustíveis. O Brasil teve que correr atrás e resolver seu problema e hoje é lider na produção de biocombustível, invejado pelo resto do mundo.
A produção do alcool no Brasil é economicamente vantajoso, contrário dos países europeus e dos Estados Unidos que produzem biodiesel com preços altamente subdisiados e, consequentemente anti-economico. Temos aí o que estão dizendo que a produção de biocombustíveis é um "problema moral". O alimento é um componente da matriz energética!