sábado, 31 de janeiro de 2009

Liderança para redução nos juros

Politica é suja, limpa, interessante, empolgante, corrupta, oportunista... É muito mais. Depende do ángulo que a enxergamos.
O presidente Lula anda com Dilma por toda parte para apresentá-la como candidata a sua sucessão. Ela deveria estar trabalhando em seu gabinete com afinco para ajudar o país sair da lama que se meteu. Logicamente ambos ficam gastando nosso dinheiro para promover campanha política; e isto é crime.
Mas fazem pior: estão engrossando o bolsa familia, carro chefe da popularidade de Lula, em detrimento da saúde e educação. O dinheiro do orçamento é fixo. Portanto, se gastamos mais com o bolsa familia ficamos com menos recursos para saúde e educação. É uma política suja, oportunista e eleitoreira!
Da saúde eles não precisam se preocupar porque o planalto paga tudo. Da educação? O próprio presidente se orgulha de ter chegado a presidencia sem curso superior! Lula já atingiu seu objetivo pessoal, chegou lá, no posto mais importante do Brasil.
E a população menos favorecida, pobre? Elas continuam sem saúde nem educação.
Quanto a liderança?
A liderança de Lula é frágil. É frequentemente aplaudido, mas...
Internacionalmente coleciona desastres: Fracasso de Doha, chantagem do presidente boliviano, descaso de Hugo Chavez, calote do Equador, desafio do governo paraguaio...
Nacionalmente? Todo o esforço de Lula para baixar juros, expandir crédito e reduzir os ganhos dos bancos cai no vazio. Os executivos financeiros escutam mas não fazem o que o presidente pede. O que interessam a eles são lucros crescentes e sempre de olho em ser o maior do mercado e o mais rentável. É igualmente improdutivo seu apelo junto as instituições financeiras públicas nas quais o governo tem participação societaria. Portanto, Lula é incapaz de convencê-los de que uma redução dos custos financeiros seria extremamente benéfico para a produção e para os trabalhadores. Talvez esses executivos se sintam diminuidos; terem estudado tanto e serem apenas executivos, enquanto Lula, sem curso superior tornou-se o rei da cocada. E por isso boicotam sistematicamente os planos do presidente!
Presidente, mude seu discurso, talvez tenha mais sucesso com essa classe super poderosa, os banqueiros.

Bressan

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

A IMPROVAVEL LIDERANÇA AMERICANA

A festa da posse e o discurso de Barack Obama foram marcantes. Nunca naquele país se viu tanta emoção e esperança serem depositadas em um único homem. Pudera, os Estados Unidos vem de uma administração desastrada pela incompetencia e pela ignorancia de um presidente que se envolveu em guerras, crise economico-financeira sem precedentes e isolamento no cenario internacional. Então, parte do prestigio deve ser creditado a Obama e parte a péssima administração anterior.
Até pouco tempo, os Estados Unidos, como única superpotencia mundial mantinha-se acima do bem e do mal, chamando para si toda responsabilidade pelos destinos da humanidade. Achava-se no direito de interferir nos destinos das nações, recomendando planos e ações para tirá-las de dificuldades financeiras, para combater terroristas ou para implantar democracias à força. Isso resultou num enorme desgaste político porque subestimou a cultura e a dinâmica social de cada nação envolvida.
Assim o ódio se voltou contra os Estados Unidos e a aceitação de seu modelo de vida já não desperta simpatia mundo afora.
O mundo cada vez mais globalizado, com mais informação disponível em tempo real faz com que as pessoas, grupo de pessoas ou sociedades sintam-se como se fossem "ilhas" no meio de tanto "mar" de influencias. Assim, não há como exercer liderança sobre um mundo extremamente diverso. E não caberão aos Estados Unidos, mesmo com a liderança de Obama, mudar o destino já escolhido pelos países. Só ocorrerão mudanças importantes no mundo por concenso e não por imposição de qualquer nação, nem mesmo dos Estados Unidos.
Os grandes males ganharão mais velocidade como a proliferação de armas nucleares, os ataques terroristas, o aquecimento global, as epidemias, a fome... Jamais haverá liderança forte e confiável de um único país para lidar com problemas de tamanha magnitude e de interesses tão conflitantes.
Um grupo de importantes nações, devidamente sintonizadas, talvez tenha alguma chance de redirecionar os destinos da humanidade, assumindo o lugar da decrescente liderança americana.

Bressan