A festa da posse e o discurso de Barack Obama foram marcantes. Nunca naquele país se viu tanta emoção e esperança serem depositadas em um único homem. Pudera, os Estados Unidos vem de uma administração desastrada pela incompetencia e pela ignorancia de um presidente que se envolveu em guerras, crise economico-financeira sem precedentes e isolamento no cenario internacional. Então, parte do prestigio deve ser creditado a Obama e parte a péssima administração anterior.
Até pouco tempo, os Estados Unidos, como única superpotencia mundial mantinha-se acima do bem e do mal, chamando para si toda responsabilidade pelos destinos da humanidade. Achava-se no direito de interferir nos destinos das nações, recomendando planos e ações para tirá-las de dificuldades financeiras, para combater terroristas ou para implantar democracias à força. Isso resultou num enorme desgaste político porque subestimou a cultura e a dinâmica social de cada nação envolvida.
Assim o ódio se voltou contra os Estados Unidos e a aceitação de seu modelo de vida já não desperta simpatia mundo afora.
O mundo cada vez mais globalizado, com mais informação disponível em tempo real faz com que as pessoas, grupo de pessoas ou sociedades sintam-se como se fossem "ilhas" no meio de tanto "mar" de influencias. Assim, não há como exercer liderança sobre um mundo extremamente diverso. E não caberão aos Estados Unidos, mesmo com a liderança de Obama, mudar o destino já escolhido pelos países. Só ocorrerão mudanças importantes no mundo por concenso e não por imposição de qualquer nação, nem mesmo dos Estados Unidos.
Os grandes males ganharão mais velocidade como a proliferação de armas nucleares, os ataques terroristas, o aquecimento global, as epidemias, a fome... Jamais haverá liderança forte e confiável de um único país para lidar com problemas de tamanha magnitude e de interesses tão conflitantes.
Um grupo de importantes nações, devidamente sintonizadas, talvez tenha alguma chance de redirecionar os destinos da humanidade, assumindo o lugar da decrescente liderança americana.
Bressan
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