domingo, 16 de março de 2008

ERROS FATAIS E OPORTUNIDADES

A crise financeira mundial originada nos Estados Unidos com o calote dos compradores de imóveis tem atingido todos os paises, ricos e pobres. A economia americana sempre recheada de estatisticas e modelos matematicos para tentar vislumbrar o futuro de sua economia e também da economia mundial fracassou de forma espetacular. As renomadas agencias que avaliam os riscos dos investimentos locais e internacionais foram incapazes de detectar os rumos dos negocios. O consumo tem sido a maquina da expansão da economia americana através de credito simples e farto. Criou-se assim um clima de gastança generalizada. Com os bens de consumo em geral o financiamento é de curto prazo e os erros pelas decisões terminam em prazos também relativamente curtos. Nos casos de imóveis a coisa é diferente. O comprador fica amarrado por trinta anos ou mais consumindo uma boa parte de sua renda mensal. E com o aumento dos juros a renda do americano ficou ainda menor para pagar seu imóvel levando-o a inadimplencia. Os bancos viram-se proprietarios de uma enorme quantidade de imóveis, recuperados de seus devedores. Mas os bancos não querem imóveis, e sim dinheiro. Dai a super oferta de imoveis, derrubou os preços desses ativos. E para cobrir o rombo criado pela inadimplencia os bancos foram socorridos pelo governo federal americano atraves de um pacote de emergencia para conter a agitação do mercado. E foram muitos bilhões de dolares... E nao só de americanos, mas também de europeus e japoneses.
Dizem os especialistas que os paises emergentes, principalmente os do BRIC, têm importante papel a realizar para amenizar a crise financeira mundial. Mas como nosso país poderá ajudar na recuperação e superação da crise se os americanos e europeus continuam boicotando e impondo barreiras sobre nossos produtos? É uma contradição gigantesca. Querem nossa ajuda, mas não querem nos ajudar!
Lula, astuto e habil negociador deverá usar tudo que aprendeu para tirar proveito dessa situação em nosso favor. Teria chegado a nossa vez?

domingo, 9 de março de 2008

A FORTALEZA DO DOLAR

Segundo estudos a produção de biodiesel é economicamente viável caso o preço atual do petróleo dobre de preço. Isto é, se o dolar continuar se desvalorizando no ritmo atual, em alguns anos será mais barato obter combustivel a partir de recursos renovaveis do que dos recursos fósseis. O dolar teria esse poder de alterar a demanda mundial do petroleo? Em caso afirmativo, a natureza agradece. E, nesse caso seria a ruina dos paises produtores dessa energia? É sabido que a economia dos maiores produtores de petroleo, inclusive nossa vizinha Venezuela, é fortemente dependente desse produto. Trava-se nova batalha, de um lado os Estados Unidos tentando desvalorizar sua moeda para tornar atrativa a produção de biodiesel e alcool, e de outro os paises produtores de petroleo tentando manter os preços nas alturas, mas ainda atrativos na conjuntura atual. É uma medição de forças entre os poderosos onde o jogo de interesses economicos determina os rumos da economia dos paises em questão. O poder financeiro dos paises exportadores de petroleo tem aumentado nos ultimos tempos e tende a aumentar consideravelmente nos próximos anos com a escalada de preços. Com a globalização, os investimentos dos paises produtores de petroleo nas economias ocidentais tem crescido de forma assustadora. Estariam eles se preparando para o futuro, viver de rendimentos de seus ativos no exterior? Afinal, o dinheiro é mais importante que a energia!

terça-feira, 4 de março de 2008

BOMBA ATOMICA - PAVOR FINANCEIRO

Desde a explosão das bombas atômicas sobre as cidades japonesas o mundo não é mais o mesmo. O aumento do arsenal nuclear entre as superpotencias desde então alimentou a guerra fria por decadas. No entanto, nenhuma nação recorreu a tais armamentos bélicos para resolver seus conflitos. Surgiram apenas ameaças, boicotes, protestos e rompimento de relações diplomaticas. E, com isso, os mercados financeiros ficavam nervosos e invariavelmete recorriam ao dolar e ao ouro para preservar seu valor e liquidez, derrubando as bolsas e o valor de outros ativos. Como eram conhecidos seu poder de destruição, os armamentos ficaram confinados em esconderijos, servindo tão somente para desestabilizar os mercados e as economias, principalmente as mais fracas.
Mas, o que dizer do poder financeiro? As gigantescas poupanças em poder de alguns fundos, pessoas ou mesmo governos podem desencadear desconfiança generalizada e levar o mundo a crises sem precedente. O dinheiro pode ser desviado com um simples toque no teclado de um computador e tudo pode acontecer, muito mais rápido e destruidor que uma bomba nuclear.
É extremamente urgente que os bancos centrais de todos os paises formem um "amortecedor" capaz de minimizar os estragos que certas ações isoladas podem desencadear nos mercados financeiros e desorganizar as economias. Assim, o poder de desestabilização das economias está muito mais associado aos movimentos financeiros do que aos movimentos bélicos.